quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Sétimo dia

Um dos meus queridos "fotografados" andou me encontrando hoje no trem. Ele comentou comigo, faz muito tempo, muito tempo mesmo, que eu não posto nada.

Há um acúmulo de motivos para tanto. Os principais são ligados à minha câmera, que andou viciando as baterias.

Um amigo meu sugeriu que eu descarregasse muito bem as baterias e tentasse de novo. Na primeira tentativa, não houve resultado, a câmerazinha simplesmente parecia ter pirado: ficava abrindo e fechando a lente toda a hora.
Meu amigo insistiu naquele mesmo processo, aí deu certo. Mas...

Misteriosamente a câmera fechou a lente e não abriu mais. Levei a desgraçada no conserto, que está se arrastando por mais uns dias. A nova previsão é de que... semana que vem a câmera deve estar de volta.

Só que o artista aqui nem pensou em dar satisfações. Ei-las.

E pra postagem do sétimo dia? Bom... tem fotos!



Esta aqui é no Domingo, cerca de 10h da manhã.

Eu estava indo para um certo evento , e aguardei quase eternos 20 minutos completamente  sozinho no vagão do nosso querido trem.

"Bom, já que o meu negócio é arte..." - eu pensei.

Aí, tirei algumas fotos do palco da vida.

Nada muito especial, mas toda a obra precisa de um fundo.



Eu observei este ângulo e pensei em arte moderna, como aquelas pinturas que parecem não ter fim.

Eu peço, pelo amor que vocês tem a Deus, não me rotulem de maluco!

Eu juro que estava enlouquecendo parado lá!

Mas não ficou nenhuma sequela, não. (Sequela perdeu o trema. Maldita reforma gramatical.)

As idéias de fotografia "do cenário" estavam acabando...



Sabe aquela manhãzinha levemente fria e ainda escurinha?

E olha que eram 10 da manhã.

Não vão pensar que eu to denunciando disperdício de energia, não.

O tempo passando, eu sozinho ali... fui procurar ângulos e mais ângulos.

Depois me prestei a pensar em algo para por aqui.



Aqui, a porta escancarada.

Reparem que o Sol ganhou força.

E eu na sombra.

Aí, saquei a câmera e fiz um videozinho para os meus amigos da comunidade "Otakuara" , no orkut, que são meus amigos, quase desede o berço até os dias de hoje.

Eu morreria sem eles!

Por falar em amigos, eu andei pesquisando aqui no meu arquivo, e encontrei a foto de outra colega minha de trabalho, igualmente minha amiga.

Ensinaram-me que os tesouros que temos devem ser compartilhados, então aqui vai uma imagem e um recadinho:



P. ,  obrigado por me fazer companhia. No trem e nos almoços que temos. Eu espero que ainda tenhamos muitos almoços rindo com nosso amigo C. e sorrindo por todas as coisas simplesmente boas que nos acontecem.

Estávamos no trem numa sexta-feira, antes do eventinho que eu falei lá em cima.

Fica aqui também, o meu "MUITÍSSIMO OBRIGADO" ao fotografado R.R., que além de me cobrar pela paradinha no blog, ainda me avisou: surpresas ainda me aguardam nesta vida de blogueiro.

Aproveito a oportunidade neste despretencioso blog para comunicar que, se a câmera voltar, vou acumular fotos para uma postagem por semana.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sexto dia...

Antes de começar esta postagem, um grande pedido de desculpas pelo atraso. Este blogueiro justifica: Internação no hospital e duas pedras no mesmo rim tiraram-me de circulação por alguns dias úteis, o que fez com que este blog ficasse muito, muito parado. "Mais tranquilo que água de poço" como dizemos aqui no Rio Grande do Sul.

Mas vamos ao que interessa!

Se eu pudesse entitular essas galerias de fotos, eu chamaria esta galeria de

Um olho no chão, outro no céu

Não começou o dia bem.

Um milhão de coisas atrasadas no meu trabalho.

Um comunicado de que uma colega (e muito amiga minha) sairia da unidade onde trabalho.

É, recomeçar é mesmo complicado.

Faltava inspiração.

"Por que você não sossega com essa vida de artista fotográfico e fica com as complicações comuns?"

Eu me perguntei isso até o momento em que embarquei no trem.

Aliás, sempre lotado quando estou voltando. Sufoco. Mas finalmente alcancei uma janela.

Aí, sim, encontrei a resposta:

E ela estava na pergunta!

"É que eu sou um artista.

Meu trabalho é transformar as coisas que vejo em algo que todos possam ver.

Compartilho com o mundo aquilo que deve ser compartilhado.

Não se pode negar ao mundo certas coisas que ele precisa.

Mais arte? Não...

Mais SENTIMENTO."

Depois disso, meu pensamento voltou para dentro do trem.

"Quem precisa do trem?" - pergunta difícil, dada a quantidade incontável de pessoas que precisam.

Mães.

Filhos.

Famílias.

Pessoas.

Trabalhadores.

Estudantes.

Sim, é melhor que eu não enumere e toque esse (barco) trem adiante, não?

Lembrei que na última postagem, eu havia falado sobre o Sol.

E ele me ajudou a lembrar do porquê estar com a câmera na mão ali dentro.

E é até engraçado olhar para o céu e comentar que ele parece uma pintura.

Como assm "parece pintura"?

As pinturas que deveriam se parecer com isso, não?

Minha nossa... estou muito filósofo hoje.

(E eu nem bebo nem nada!)

O fato é que o por-do-sol nesse dia estava fotografável.

Tocando o trem adiante...


Com os que conversam comigo acabam sabendo que sou professor de literatura.

Uma das imagens que mais gosto de ver no trem é a das pessoas lendo.

(Promoção relâmpago: este blog vai premiar quem conseguir decifrar o título do livro desta simpática moça!)

É fato que as opiniões se dividem sobre a nova literatura e a onda contemporânea de sagas.

Na minha opinião, leitura é um hábito super-saudável.

E melhor ainda se você lê algo que lhe interessa.

Pra quem gosta de modelar imagens, essa fica interessante no efeito "old", tipo preto-e-branco, mas usando marrom e branco.

Outro comentário de um amigo: "Teus netos olharão este blog e pensarão coisas boas a teu respeito."

Ah, ganhei a noite com essa!

E o Sol? Eu já falei demais nesta postagem, deixa que ele mesmo diga:



A gente se vê no trem!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Quinto dia

Que dia frio!

Meus queridos viajantes, se vocês pegaram o trem aqui no sul, devem ter passado maus bocados, como este artista aqui.

Quero homenagear uma figura que tem feito falta neste Estado...

Vocês conseguem adivinhar o que faz falta nesta imagem?

Procure muito bem...


Quem?

Num frio desses, a gente só pode sentir falta...

De quem esse fotógrafo está falando?

Nada a menos do que do astro das manhãs:

O SOL!

Essa imagem parece iluminada, mas essa estação estação estava cercada de névoa, em plenas 8h da manhã.

Me dá frio só de lembrar.

O astro demorou a aparecer, mas deu as caras e até rendeu um calorzinho, mas nada que nos fizesse tirar os casacos ou roupas de lã.

Mas em dias em que sua força parece falha, ele nos proporcionou um espetáculo infotografável... porém, este simpático trabalhador nos fará uma pequena demonstração:

Não pude fotografar o sol,

mas se vocês olharem para o meu cnvidado de hoje,

vocês poderão perceber que era mesmo fantástico!

Enquanto descansávamos do trabalho, mas mantínhamos

esforços para seguirmos viagem, para retornarmos aos nossos

lares...

E o Sol é testemunha.

Talvez o frio faça mal ao corpo, mas compense a alma.

Até a próxima, companheiros.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Quarto dia

Eu tive uma sequência de pequenos azares nesses últimos dias e acabou que este blog ficou boiando nas postagens.

Em primeiro lugar, eu gostaria de fazer um protesto:

Tomara que o Homem-aranha ache o cara que fez isso!

E que dê-lhe uma surra nunca antes vista!

Sou contra a violência.

Mas pra mim, quem pratica pixação sofre de pura falta-de-laço, mesmo!

Que graça tem escrever algo que só um grupo de semianalfabetos consegue ler?


Deixando esses pormenores infelizes pra lá, vamos aos sorteados do dia!



Vi esses dois simpáticos conversando amigavelmente. Concordaram em tirar a foto. Mas a moça da foto saiu tão rápido do trem que nem levou um cartãozinho. Uma pena! Provavelmente pensou que eu fosse um maluco. E eu não a cullpo.

Já o senhor que segura gentilmente a pasta é um cardiologista veterinário com curso no exterior e tudo. Dividiu alguns minutos comigo até a parada, num bom papo.

Quantas pessoas fascinantes esse trem pode oferecer!

Eu continuo com medo do frio. Mas com muita esperança de que as pessoas estarão muito elegantes.

A gente se vê no trem!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Terceiro dia

Boa noite, viajantes!

Se tem uma coisa que eu percebo que nós, brasileiros temos, é o senso de solidariedade e de bondade.

Eu tenho em meu trabalho um forte exemplo de bondade: essa minha colega de trabalho.

Como eu não posso identificar as pessoas nas fotos, quero deixar um recadinho básico:

V. , muito obrigado por tudo que você me ensinou!

Eu sempre vou lembrar de ajudar as pessoas da forma como você me ajudou.

Um grande beijo! E até amanhã!


Voltando ao nosso passeio...

O caminho de volta é sempre movimentado.

E eu penso "Quantas histórias!"

Uma moça chorava enquanto lia as últimas páginas de um livro. Era um momento dela, então decidi deixá-la em seus pensamentos.

Teve gente que desceu antes de eu pedir a foto, uma pena...

E teve gente que eu simplesmente não criei coragem de chegar para pedir uma foto.


Das duas uma: ou sou chato, ou sou tímido.



E esse simpático senhor me deixou no débito de muitos agradecimentos.


Além de se deixar fotografar, me deu umas dicas e conversou comigo até o fim da viagem dele.


Eu não pergunto o nome de ninguém, mas não pensem que é por antipatia. Preciso manter o anonimato dos meus modelos.


Teria ele falado comigo sobre problemas no trabalho, stress, e essas picuinhas que atrasam a vida?


Que nada! Falamos sobre arte e fotografia, matéria-prima deste blog.

E mais uma vez...
... nossa viagem acaba por aqui.


Meus agradecimentos a todos os participantes, do lado de lá da lente, e do lado de lá do monitor.

Não choveu muito, mas tem esfriado. Casacos deixam as pessoas elegantes? Vamos confirmar isso na próxima postagem.



A gente se fala no trem!